O brasão foi inspirado na iconografia e na leitura hagiográfica do Oficio das Leituras da Memória litúrgica dos santos esposos Joaquim e Ana. O primeiro campo em vermelho, representa a fidelidade, a fortaleza, a honra, o cuidado e a valorosidade de São Joaquim; o símbolo do cesto com dois pombinhos aparece na sua imagem. O segundo campo, em azul, lembra a doçura, a inocência e a pureza, a fidelidade e a lealdade da Virgem Santíssima, representada na pérola de virgindade, como a chama São João Damasceno. O campo verde recorda a esperança e a constância de Sant´Ana que, em sua esterilidade, foi perseverante e confiante em Deus; o pergaminho com os números romanos I a X lembra o ensinamento dos Mandamentos que a Senhora Sant´Ana transmitiu à amada Filha Maria, educando-a na Lei do Senhor. Em seu sermão para a festa da Natividade de Maria – reportado no já citado Oficio das Leituras – São João Damasceno diz:

Ó casal feliz, Joaquim e Ana! A vós toda a criação se sente devedora. Pois foi por vosso intermédio que a criatura ofereceu ao Criador o mais valioso de todos os dons, isto é, a mãe pura, a única que era digna do Criado. (…) Educastes a pérola da virgindade, aquela que havia de ser virgem antes do parto, virgem no parto e continuaria virgem depois do parto; aquela que, de maneira única, conservaria sempre a virgindade, tanto em seu corpo como em seu coração. 

A segunda frase desse trecho, ou seja, A vós toda a criação se sente devedora, vem reportada em latim, sob o escudo, num listel amarelo com letras pretas: VOBIS OMNIS CREATURA OBSTRICTA EST.